Hora e Dia do Duche: Mensagem de Fora da Casa de Banho
Eu tenho medo de muita coisa.
De tanta, tanta coisa.
Tenho medo de trovoadas.
Já o enfrentei. Já estive debaixo de uma tempestade, quase em pânico, ao aperceber-me que os relâmpagos estavam a cair a poucos metros de mim.
Ganhei medo a nadar.
E nadei. Respirei fundo, controlei a respiração e nadei, para lá do ponto onde os meus pés alcançam o solo.
Tive medo de conduzir.
Mas tentei e consegui e tenho a carta de condução e consigo conduzir e gostar de conduzir.
Tinha medo de aranhas.
E obriguei-me a mim mesma a conter o berro quando as visse, forcei-me a tocar-lhes as teias, a deixa-las passearem-se na minha mão.
Tenho muitos medos.
Sempre os ultrapassei ou enfrentei.
Excepto um.
Tenho um medo intocável.
Tenho medo de ficar só.
Tenho medo de não ter ninguém que me dê amor.
Tenho medo de um dia morrer e que ninguém fique mais que indiferente perante o meu obituário.
Porque pior que causar sofrimento a quem gosta de nós, é não ter ninguém que goste.
Embora provavelmente nem direito a um obituário tivesse.
Todos nós temos os nossos medos ! Mas há que supera-los.
ResponderEliminarPor acaso tenho medo de pouca coisa, mas um dos meus enormes medos é o teu medo.
ResponderEliminarMas tens ultrapassado os teus medos e isso sim, é muito bom! *
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