Foram 24 as pessoas que se arriscaram a meter-se no meu lugar, na minha cabecinha e tentar desvendar qual seria o meu seguinte passo ao aperceber-me que o meu menino estava a um passo de me trair, tal como falei aqui.
E...
4% de vocês acredita que eu fingiria que não via e simplesmente ignorava.
Acho que isto só pode ser feito por quem tem uma auto-estima ou demasiado alta ou demasiado baixa.
Passo a explicar. Por um lado só alguém com muita confiança em si mesma e no seu companheiro ignorava e acreditava que tem o suficiente para que ele permanecesse ali com ela, sem que tivesse de fazer nada.
Por outro, alguém que acredite que não consegue arranjar outra pessoa e que tenha medo demais de ficar só, sujeitaria-se a todas as humilhações possíveis só para não perder o namorado.
Espero que quem tenha escolhido esta opção me tenha tomado como uma moça cheia de auto-estima, que eu não sou de todo de andar por aí aos caídos.
Infelizmente não sou de ferro e, por muito que confie no meu menino, não deixaria de sentir alguma insegurança, o que anula esta opção para mim.
Por outro lado, 8% de vocês acham que eu perderia a cabeça de todo e acabaria com ele na hora.
A coisa de ser levada pelas emoções e de ferver em pouca água realmente combina comigo. É a minha cara, ficar completamente fora de mim por qualquer coisinha que me incomode.
Felizmente, eu só sou assim com as coisinhas pequenas.
Com a caneta que me tiraram sem pedir autorização, com o virem tirar comida do meu prato, com os erros de ortografia parvos, com retóricas vazias e coisas semelhantes.
Quando o assunto é sério, uma luzinha de S.O.S. acende-se em mim e eu controlo-me. E não faço escândalos. E de certeza que não deixaria o meu namorado sem sequer lhe dar uma oportunidade para se explicar.
Passando ao lado racional da coisa, 50% de vocês acha que eu falaria com ele directamente e pondo-lhe a hipótese de terminar a relação.
Esta é realmente a atitude mais racional que podia ter e que me parece ser de melhor senso. E parece que metade dos que por aqui se passeiam acham que eu sou uma rapariga com as ideias no lugar.
Apesar de ter algum controlo emocional quando o assunto é sério, o coração ainda fala mais alto e eu sou demasiado emotiva para agir assim e aguentar-me numa conversa séria que poderia ditar o nosso fim. Dou demasiado de mim para ser eu a sugerir o fim de uma relação que não queria terminar.
É a típica opção de quem tenta controlar-se, mas vai atrás do que sente.
De quem não quer arriscar falar em problemas sem antes confirmar que eles existem.
E encaixa-se no meu perfil de menina que quer ser esperta, mas que acaba por fazer o que o coração lhe manda.
Realmente seria a opção que eu tomaria, se não fosse contra um dos meus maiores pressupostos - respeitar a privacidade dos outros.
Nunca gostei de ser controlada, não o iria fazer à pessoa que amo.
Por muito que me sentisse tentada, sei que é uma tentação à qual resistiria. Sou demasiado orgulhosa para largar assim as minhas crenças.
Resta então a opção que 25% de vocês escolheram - puxava o assunto de forma banal para o testar.
Porque é que eu o faria?
Bom, depois de se perceber que eu me controlava minimamente, mas que não seria capaz de o ignorar, falar acerca do assunto ia tornar-se imperativo para mim.
Mas a verdade é que eu não gosto muito de falar directamente acerca das coisas que me assustam, a maneira que encontro mais vezes de as trazer à tona é com brincadeiras. E provavelmente seria assim que eu abordaria a coisa.
De resto, fazia aquilo que sempre fui boa a fazer - interpretar a reacção das pessoas.
Aí encontraria a minha resposta.
Eu mantinha a calma e terminava com ele com calma... já sei que infelizmente, não há outra soluçao.
ResponderEliminarEu acho que tomaria a opção que 50% dos teus leitores escolheram.
ResponderEliminarEu sou uma das 24 leitoras que respondeu. Mas sinceramente não sei o que fazia se fosse eu...
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