Hora e Dia do Duche: 16h38; 19.07.2010
Duração: 00h27m
Dei por mim a ter saudades por antecipação.
As últimas coisas que fiz antes de saltar para debaixo do chuveiro foi enviar a minha candidatura ao ensino superior - que irremediavelmente me manda para o outro lado do país - e dar um beijinho na testa da pimpolhinha que se passeava por casa com uma das porquinhas-da-índia da mamã ao colo.
Como é que eu me vou aguentar sem ter um diabrete loirinho de olhos verdes atrás de mim, a gozar com a minha cara e a dar-me cabo do juízo?
Quão aterrorizante não vai ser chegar a casa e estar tudo calmo, silencioso e ter os lençóis da minha cama realmente na minha cama? - em vez de enrolados no chão e com um piolho estridente e incrivelmente fofinho no lugar deles, a tentar dar-me cabo das molas do colchão.
Eu realmente não me sei agarrar ao que é bom.
Papinha feita, roupa engomada, uma irmã numa idade suficientemente tenra para me deixar dar-lhe beijinhos e trincas e fazer-lhe cócegas e ser importante na vida dela.
E que me vem dar um abracinho tão bom quando eu estou mais triste.
Não me bastava ter o namorado longe.
Agora é a vez da família.
E de me apanhar sozinha numa cidade onde não conheço ninguém.
E de me agarrar de unhas e dentes a algo que eu sempre quis.
Já foi a minha vez. E também antecipei as saudades. Quando enfrentei a situação houve tanto estímulo novo, que as saudades não foram tantas como poderia adivinhar, mas que é sempre muito bom voltar a casa, lá isso, é.
ResponderEliminarEu espero dar-me bem, isto vai ser dar um mergulho no desconhecido. O que me apela muito, mas não evito pensar que vou deixar as coisas boas do conforto da casa dos papás
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